Amonde Digital

Mais um ano Amonde representou a freguesia nas festas concelhias da Nossa Senhora d’Agonia, nomeadamente no cortejo estenográfico realizado no anterior sábado nas principais artérias da nossa cidade.

Amonde fez-se acompanhar com o carro representativo “O Fulão” sendo este desconhecido para a maioria das pessoas como a sua utilidade, assim passo a fazer uma pequena descrição do mesmo:

O Fulão era uma fábrica antiga e rudimentar mas forte. Compunha-se por uma armação sólida onde eram suspensos dois tirantes verticais, dois malhos de carvalho maciços com o peso aproximado de 40 Kg cada um.

Esta máquina era accionada por uma roda hidráulica exterior cujo eixo se prolongava para o interior ao nível do pavimento, onde duas alhetas accionavam os malhos por meio de impulsos de recuo e pelo efeito da gravidade os mesmos caiam na pia, onde produziam o efeito desejado nas teias colocadas na pia ou masseira. O efeito do Fulão sobre os tecidos era regularizar e apertar a malha tornando mais grossa, macia e homogénea usando posteriormente esses tecidos em roupa de trabalho, a fraudilha marcada, então uma feição bem típica e curiosa no folclore da região.

O Fulão deveria ser recuperado como peça de arqueologia industrial e integra-lo num circuito turístico e cultural, como peça rara que é, única no distrito de Viana do Castelo e possivelmente única na província do Minho. Tornando-se assim como mais um local turístico a visitar como os moinhos movidos a água de São Lourenço da Montaria.

No cortejo etnográfico além do “Fulão” Amonde fez-se representar com a gente da nossa terra trajada a rigor demonstrando alguma toalhas em linho que outrora era cultivado na nossa freguesia, como e tecer da lã de ovelha para o vestuário. Também foi bem representado com uma tocada com o vasto reportório folclórico.